Não é segredo que o centro da Terra é formado por vulcões, muita lava e magma. Se você já se perguntou como toda essa força e esse calor não chegam à superfície, saiba que sim, algum dia isso pode acontecer. E o meio seria a erupção de um supervulcão, como o que está abaixo do Parque Nacional Yellowstone, nos Estados Unidos.
Esse supervulcão teria tanta força que sua erupção poderia levar ao fim da humanidade, não apenas pela destruição em seu entorno, mas também pelo resfriamento do planeta graças a um possível inverno vulcânico — como o que deixou a Europa 1 ano inteiro sem verão —, cuja ação incluiria resfriar o ar e cobrir o sol, diminuindo a produção agrícola e levando à fome.
Caso isso acontecesse, relatórios da ONU estimam que não se produziria mais comida por um bom tempo, e o que temos de reserva duraria apenas 74 dias. Assustador, não é? O lado bom é que o vulcão sob Yellowstone só fica ativo a cada cerca de 600 mil anos, de acordo com os estudiosos. O lado ruim? A última vez foi há exatamente 600 mil anos.
Pois é, isso levantou um alerta em instituições de pesquisa dos Estados Unidos, como a própria NASA, que vêm estudando formas de conter a explosão e, mais ainda, conseguir utilizar toda essa energia acumulada para gerar energia por meio de uma planta geotérmica.
A solução mais lógica seria conter o vulcão e evitar a explosão, usando, para isso, água. Por que esse caminho não é possível? Quem explica é o cientista Brian Wilcox, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA. "Construir um grande aqueduto em uma região montanhosa seria caro e difícil, e as pessoas não querem que a água seja gasta dessa maneira. As pessoas estão desesperadas por água em todo o mundo e, portanto, um grande projeto de infraestrutura, onde a única maneira de ela ser usada é para esfriar um supervulcão, seria muito controverso."
Embora ele reconheça isso, não existe um jeito barato de combater um supervulcão. Assim, o plano que a NASA sugere para lidar com esta ameaça custaria 3,46 bilhões de dólares aos cofres norte-americanos. A ideia deles é usar apenas a quantidade necessária de água, mas derramá-la estrategicamente através de uma perfuração de 10 quilômetros sob alta pressão, usando os lados do vulcão, e não seu topo.
Parte desse custo, no entanto, poderia ser revertido com a criação de uma planta geotérmica no local, que geraria energia elétrica barata — e sustentável!
Se a ideia funcionar, o resto do mundo pode se inspirar para aplicar soluções similares, já que a NASA estima que há vários outros supervulcões no planeta e que, em média, uma erupção desse tipo ocorre a cada 100 mil anos no planeta.
Fonte: MegaCurioso
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