O mundo prende a respiração diante da escalada da guerra que está a ocorrer no Oriente Médio. Primeiro foi o ataque do Hamas a Israel, que responde, desde então, bombardeando fortemente Gaza. Agora, Israel mira o Hezbollah, em solo libanês.
Israel declara guerra ao Hezbollah
Israel iniciou a sua ofensiva contra o Hezbollah (uma milícia xiita libanesa) através da explosão surpresa de pagers e walkie-talkies de líderes e militantes desta guerrilha.
Na foto, a fumaça de um ataque aéreo israelense en Marjayoun, perto da frontera entre o Líbano e Israel, no dia 23 de setembro de 2024.
Centenas de mortos no Líbano
Depois, passou a atacar o território do sul do Líbano, cujas autoridades relatam a morte de mais de 400 pessoas, incluindo uma grande população civil e crianças.
Milhares de libaneses fogem das bombas israelenses
Num país habitualmente castigado por ataques israelitas em resposta aos também frequentes ataques do Hezbollah, neste 24 de setembro as coisas agravaram-se. Analistas temem que Israel empreenda uma invasão terrestre. Na imagem, primeiros refugiados libaneses chegando a Beirute.
A invasão do Líbano por Israel?
Vários meios de comunicação informam de tropas israelenses se acumulando na fronteira sul do Líbano, o que seria uma indicação da sua intenção de penetrar no território do país vizinho.
Israel garante que não entrará por terra no Líbano
Entretanto, segundo a BBC, um alto comando do exército israelita negou categoricamente essa possiblidade e sustentou que, por enquanto, será mantida apenas a ofensiva aérea.
Perigo de uma guerra total
Diante da situação, Josep Borrell, Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, alertou que poderíamos estar à beira de uma “guerra total”.
“Consequências catastróficas”
O The Times of Israel citou um alto funcionário americano que falou de “consequências catastróficas” se, de fato, Israel e o Líbano entrarem em guerra aberta.
O papel do Irã
Há temor de o Irã juntar-se ao conflito, uma vez que o Hezbollah é estreitamente ligado a este poderoso país que, suspeita-se, já poderia ter capacidade para fabricar armas nucleares. Na imagem, Ali Khameini, principal líder do Irã.
Guerra aberta
O panorama que se abre é o de uma possível guerra espalhada por todo o Oriente Médio, sem excluir que isso possa levar, por exemplo, a ataques terroristas em países da Europa ou nos Estados Unidos.
Um mundo sem regras
Em todo o caso, esta escalada da guerra somada a atitudes como a da Rússia com a Ucrânia descrevem-nos um mundo em que as regras e os consensos mínimos que costumavam ser abordados nas Nações Unidas ficaram para trás.
Ausência de liderança nos Estados Unidos
Os Estados Unidos encontra-se num momento de ausência de liderança, com as eleições presidenciais prestes a acontecerem e Joe Biden enfraquecido e quase fora do jogo.
Maior ansiedade se Trump vencer
Uma possível vitória de Trump também não contribuirá muito para estabilizar o panorama internacional. Embora não tenha deixado explícito, o candidato parece inclinado a ignorar o problema. Por outro lado, seu discurso é 100% de apoio à política de guerra ilimitada de Netanyahu.
Líbano em chamas
Mais uma vez, o Líbano, país que sofreu sucessivos conflitos e guerras civis na sua história, está no meio de uma das maiores crises da região.
E tudo isso para quê?
O que muitos analistas também sublinham é que o compromisso de Israel, supostamente com a vingança, causando um número muito elevado de vítimas civis, pode revelar-se, a médio prazo, contraproducente e exacerbar o conflito.
Uma paz difícil de alcançar
Seja como for, o mundo observa com medo o que acontece naquela parte do planeta onde a paz é tão difícil.
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